A Cosmogenese (Criação do Universo) – por 7 Luzeiros de DEUS.
«No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Este estava com Deus, no princípio. Por Ele foram feitas todas as coisas; e nada do que foi feito, foi feito sem Ele. Nele estava a Vida, e a Vida era a Luz dos homens, e a Luz brilha nas Trevas, mas as Trevas não a prenderam.» – Evangelho de São João, Prólogo, 1:5.
O Verbo é a Divindade manifestada como Logos Solar; as Trevas, a Substância Absoluta donde o mesmo brotou à Manifestação cíclica que tomou forma como Sistema Solar; por Ele ou Nele este Universo sistémico foi formado através dos seus Sete Filhos Autogerados em seu Seio, os Luzeiros, Dhyan-Choans ou Logos Planetários – Sete para um Oitavo, o Gerador.
À Substância Absoluta, “Trevas Primordiais”, os hindus chamam de Svabhâvat, os judeus de Ain-Soph e os gnósticos de Ab-Soo; à “Luz Vital” de Prana e Alento de Vida; ao “desprendimento da Luz das Trevas” de Manvantara ou Manifestação Universal; ao “Verbo que é Deus” de Maha-Vishnu ou Cristo Universal em sua Segunda Hipóstase Amor-Sabedoria – o Amor acalentador dos elementos e a Sabedoria iluminadora das consciências.
Saído da Substância Absoluta o 8.º Logos toma Vida como Prana e toma Luz como Fohat ou Electricidade Cósmica, o dínamo fundamental da dinamização e agregação dos elementos ou átomos primordiais recém-diferenciados ou saídos da Substância Informe.
Por sua vez, do Seio iluminado desse 8.º Logos assim elevado a Logoi como Espírito Universal, irromperam 7 Consciências que paulatinamente tomaram forma as quais constituem os Corpos do Logos Solar, os 7 Mundos deste Universo, do mais subtil ao mais espesso, servindo-se de Fohat como dinamizador dos elementos que foram agregando-se cada vez com maior intensidade até «densificar» essa Energia Primordial que, como Luz, se tornou Fogo Criador, o agregador dos elementos da Matéria ou Prakriti saída do Espírito ou Purusha, ou seja, o Eletromagnetismo Cósmico possuído do nome tradicional Kundalini.
Cada uma das 7 Consciências promanadas da 8.ª Maior constitui uma Veste do Eterno. Os hindus chamam-lhes Dhyan-Choans, os judeus de 7 Espíritos Diante do Trono, os cristãos de 7 Arcanjos – os quais são representados no candelabro de sete tramos inflamados ou menorah – e os teúrgicos e teósofos de Logos Planetários ou Luzeiros. Possuem os seus nomes tradicionais associados aos planetas dos sete dias da semana, de domingo a sábado: Mikhael (Sol), Gabriel (Lua), khamael (Marte), Rafael (Mercúrio), Sakiel (Júpiter), Anael (Vénus), Kassiel (Saturno).
As “Sete Vestes do Eterno” correspondem a sete estados vibratórios distintos, do mais sutil ao mais denso, assumidos pelas respectivas Consciências Cósmicas que por eles tomam forma. De maneira que tais estados são chamados de Planos ou Esferas. “Planos” por serem localizações onde a Alma evoluinte se fixa temporariamente de acordo com a sua afinidade ao meio cósmico circundante (um ser emocional fixa-se no Plano das Emoções, tal como um ser mental fixa-se no Plano dos Pensamentos…). “Esferas” por esses estados energéticos distenderem-se esfericamente até dado ponto, preenchendo tudo com a sua tônica afim, graduada em sete tonalidades distintas às quais se chamam Sub-Esferas ou Sub-Planos.
Consequentemente, há 7 Planos cada qual com 7 Sub-Planos, o que perfaz um total de 49 Planos, do mais material ao mais espiritual, indo compor o Esquema de Evolução Universal. O Jacob bíblico vislumbrou-o num sonho profético como uma infinda “Escada ligando a Terra ao Céu”, o que deu vazão ao conceito dos “Sete Céus” do Cristianismo, mas que já o Hinduísmo e o Budismo possuíam como as “Sete Lokas” ou “Mundos”.
Os seus nomes tradicionais, são:
Português – Sânscrito
1.º) Mundo Espiritual – Nirvânico ou Átmico
2.º) Mundo Intuitivo – Búdhico
3.º) Mundo Causal ou Mental Superior – Manas Arrupa
4.º) Mundo Mental Inferior ou Intelectivo – Manas Rupa
5.º) Mundo Emocional, Psíquico ou Astral – Kamásico ou Kama-Rupa
6.º) Mundo Etérico ou Vital – Linga-Sharira
7.º) Mundo Físico ou Denso – Stula-Sharira
Cada um desses Mundos recebe o impacto vivificador de um Raio Planetário emitido pelo respectivo Luzeiro, o que lhe confere tonalidade e vibração distintas dos demais. Mesmo assim, graças ao Raio Único ou Solitário de Fohat emitido pelo Eterno, depois diferenciando-se nas diversas correntes eletromagnéticas unindo os 7 Mundos entre si, essa Luz Primordial ilumina a todos eles que, por sua natureza cada vez mais bioplástica por maior rarefação, interpenetram-se a ponto parecerem uma só Esfera ultraluminosa trepidante, plena de vibração, motivo para Pitágoras a celebrar como “Música das Esferas” e os Iluminados hindus a consignarem “Shiva-Natarashi”, que é dizer em termos ocidentais, a “Dança do Espírito Santo”, ou seja, o 3.º Aspecto ou Hipóstase do Logos Único no ato universal de agregar os elementos atômicos para originar o Mundo das Formas em que tudo e todos evoluem como a manifestada Vida Universal.
Essa é a razão dos clarividentes menos aptos vislumbrarem o Mundo sutil como uma só Esfera, mas que os mais aptos verificam tratar-se não de uma mas de várias desdobradas a partir da Física densa e assim, apesar de interpenetradas, a Etérica sobressaindo da Física, a Astral da Etérica e a Mental da Astral. Os clarividentes bem desenvolvidos também apercebem que cada um desses Mundos possui a sua própria nota musical ou tom vibratório, a sua cor específica resultante do Raio Planetário, e a sua forma geométrica atómica dada pela órbita dos respectivos átomos.
Ao tipo de vibração específica de cada átomo primordial a Tradição chama tan-mâtra, e à sua vibração ondulatória ou móvel, de tatva. Cada um destes tatvas é animado pelo Raio Planetário de um Ishvara ou Logos, que lhe imprime a sua tônica. Por sua vez, o tipo de vibração específica (tân-mâtra) do átomo, podendo ser mais rápida, compassada ou lenta, é impressa pelas respectivas “qualidades subtis da matéria” chamadas gunas, que são: Satva (centrífuga), Rajas (rítmica, equilibrante) e Tamas (centrípeta). Estas “qualidades subtis” assistem às Três Hipóstases do Logos Único, da mais densa à mais sutil, como seja, da Terceira à Primeira Hipóstase ou Aspecto, sendo a Segunda o Mundo Intermediário que une ou desune, como Alma Universal, o Mundo Inferior da Matéria (Prakriti) e o Mundo Superior do Espírito (Purusha).
É assim que se obtém o número cabalístico do próprio Eterno: 137. Que é dizer, o Deus Único se triparte em Três Aspectos e manifesta-se através de Sete estados de Consciência, o que firma a palavra LEI como 137 transposto de números para letras:A soma e extração do valor 137 dá 2, algarismo geminal do Pai-Mãe Cósmico manifestado como Fohat e Kundalini, para que do atrito de ambos nasça o Filho, o Universo físico, o Mundo das Formas, Ele que, amparado ou alentado pelos Progenitores, sendo o Terceiro Aspecto acaba figurando como Segundo, por ficar permeio ao Pai e à Mãe Cósmicos, como se pode observar na iconologia tradicional das várias Trindades (Brahma – Vishnu – Shiva; Osíris – Hórus – Ísis; Kether – Chokmah – Binah; Pai – Filho – Espírito Santo, etc.).
O esquema seguinte confere uma compreensão exacta do grande Plano Físico Cósmico (Prakriti) cujos 7 sub-planos – para nós, mortais, sendo grandes Planos, mas para os Deuses, os Excelsos Ishvaras, e muito mais para o Logos Solar, tão-só sub-planos – são os mesmos desde o Espiritual ao Físico:
TRÊS EM UM, O UNO-TRINO, O ABSOLUTO:
PAI (SATVA)
MÃE (RAJAS)
FILHO (TAMAS)
↓
MUNDO ESPIRITUAL = SAKIEL – JÚPITER – ADI-TATVA (ATÓMICO)
MUNDO INTUICIONAL = RAFAEL – MERCÚRIO – ANUPADAKA-TATVA (SUBATÓMICO)
MUNDO MENTAL SUPERIOR – ANAEL – VÉNUS – AKASHA-TATVA (ÉTER)
MUNDO MENTAL INFERIOR – KASSIEL – SATURNO – VAYU-TATVA (AR)
MUNDO EMOCIONAL – SAMAEL – MARTE – TEJAS-TATVA (FOGO)
MUNDO VITAL – GABRIEL – LUA – APAS-TATVA (ÁGUA)
MUNDO FÍSICO – MIKAEL – SOL – PRITIVI-TATVA (TERRA)
Pois bem, para que um Logos Planetário se transforme num Logos Solar tem que encarnar ou manifestar-se sete vezes através de um Sistema de Evolução Universal, também chamado de Esquema Planetário, acompanhando-o nessa marcha avante todas as Vagas de Vida evoluindo em seu seio. A Tradição Iniciática informa que o nosso Logos Planetário já encarnou três vezes e agora estamos no 4.º Sistema de Evolução Universal. Que este Sistema comporta sete Cadeias Planetárias (Manuântaras ou Manvantaras, em sânscrito, Períodos de Atividade Universal em que há, entre o anterior e o posterior, o respectivo Período de Repouso Universal ou de assimilação das experiências colhidas, o que em sânscrito se chama Pralaya), cada uma com uma duração tão longa que parece uma eternidade, a ponto dos hindus lhes chamarem “Dias de Brahma” e que são os mesmos “Sete Dias da Criação”, assinalados logo ao começo da Bíblia. A mesma Tradição Iniciática das Idades informa que estamos no 4.º Dia ou Cadeia, nesta onde tudo e todos paulatinamente vão realizando a marcha triunfal da Evolução.
Por seu turno, cada Cadeia ou processo de encadeamento de um Logos Planetário ao Mundo das Formas em que se manifesta – para o comum dos mortais, como Deus Absoluto – compõe-se de sete Globos que girando sobre si mesmos perfazem sete Voltas ou Rondas que são, afinal de contas, o dínamo, a alavanca interior do movimento evolucional da Cadeia. Estamos na 4.ª Ronda da atual 4.ª Cadeia do presente 4.º Sistema de Evolução Universal. Em cada Ronda manifestam-se sete tipos de Consciência indo caracterizar 7 Raças-Mães distintas, cada qual com as suas sete sub-raças, ramos, tribos, etc., as quais também se manifestam gradualmente. Hoje estamos na 5.ª Raça-Mãe em sua 5.ª sub-raça.
No final de sete Sistemas de Evolução Universal nos quais o Logos Planetário se desenvolve, acompanhado da sua Criação, gera-se um 8.º Sistema ou Universo, ou seja, nasce um Sistema Solar das experiências realizadas ao longo dos sete Sistemas Planetários, indo Ele ocupar o centro do mesmo tomando a forma de Astro-Rei ou Sol Central.Por ordem, tem-se:
– Um Sistema Solar nasce de sete Sistemas de Evolução Planetária.
– Um Sistema de Evolução Planetária é composto de sete Cadeias Planetárias.
– Uma Cadeia Planetária compõe-se de sete Globos perfazendo sete Rondas.
– Uma Ronda engloba sete Raças-Raízes ou Mães.
– Uma Raça-Raiz é o total de sete Sub-Raças.
– Uma Sub-Raça é o todo de 7 Ramos Raciais indo constituir-se 8.º Ramo Síntese.
Na ordem cósmica actual, a Evolução do nosso Universo está nas seguintes posições:
– O Sistema Solar está na sua 2.ª Encarnação ou Manifestação sistêmica.
– O Sistema de Evolução Planetária está na sua 4.ª Manifestação.
– A Evolução dentro do 4.º Sistema ocupa a 4.ª Cadeia.
– A Evolução na 4.ª Cadeia está no 4.º Globo em sua 4.ª Ronda.
– A Evolução na 4.ª Ronda já passou a metade e está na 5.ª Raça-Raiz.
– A Evolução na 5.ª Raça-Raiz está se fazendo na 5.ª Sub-Raça.
Com o término do 3.º Sistema de Evolução iniciou-se o atual 4.º Sistema na sua 1.ª Cadeia, passando as Vagas de Vida triunfantes da sua evolução ulterior para a posterior, nessa mesma Cadeia que veio a chamar-se de Saturno, por a Evolução se processar no espaço ocupado atualmente por esse planeta. Terminada a Cadeia de Saturno, a Evolução prosseguiu depois nas proximidades do Sol, e chamou-se de Cadeia Solar. Cumprida esta, veio a Cadeia Lunar cujo desenvolvimento fez-se no espaço ocupado pelo atual satélite da Terra, tornando-se planeta morto quando a Evolução reapareceu na presente 4.ª Cadeia Terrestre, onde o nosso Globo e os sete Tipos de Vida ou Hierarquias se desenvolvem sob o impulso de Marte. Para que o 4.º Sistema de Evolução fique completo faltam ainda realizar-se três Cadeias, as de Vénus, Mercúrio e Júpiter, respectivamente ocupando os espaços desses planetas, também eles, como todos, desenrolando-se na marcha avante.
As sete Vagas de Vida (monodas) que se transferiram do Sistema de Evolução anterior para a 1.ª Cadeia do Sistema atual, por ordem de entrada, foram as seguintes:
1.ª) Humana ou Jiva
2.ª) Animal
3.ª) Vegetal
4.ª) Mineral
5.ª) Elemental Aquoso
6.ª) Elemental Fogoso
7.ª) Elemental Aéreo
Tendo a dirigi-las três Hierarquias Espirituais, portadoras dos seguintes nomes tradicionais:
1.ª) Assuras ou Arqueus
2.ª) Agnisvattas ou Arcanjos
3.ª) Barishads ou Anjos
Por sua vez dirigidas por outras tantas Hierarquias Criadoras, como sejam:
1.ª) Leões de Fogo ou Tronos (orixás)
2.ª) Olhos e Ouvidos Alerta ou Querubins
3.ª) Virgens da Vida ou Serafins
Acima de todas, o próprio LOGOS ETERNO, Deus Pai-Mãe, Fonte de toda a Vida e Consciência, meta última a alcançar por todas as vidas e consciências em evolução no Mundo das Formas.
Da 1.ª Cadeia de Saturno à 4.ª Cadeia Terrestre, a atual, a Evolução ou Iniciação Verdadeira das vidas e consciências manifestadas processou-se da maneira seguinte:
1.ª Cadeia → 2.ª Cadeia → 3.ª Cadeia → 4.ª Cadeia
Mineral → Vegetal → Animal → Humano
Vegetal → Animal → Humano → Anjo
Animal → Humano → Anjo → Arcanjo
Humano → Anjo → Arcanjo → Arqueu
Pelo que nas três Cadeias Planetárias que faltam cumprir-se, a Evolução deve prosseguir na mesma sequência:
5.ª Cadeia → 6.ª Cadeia → 7.ª Cadeia
Anjo → Arcanjo → Arqueu
Arcanjo → Arqueu → Serafim
Arqueu → Serafim → Querubim
Serafim → Querubim → Trono
Querubim → Trono → Logos
Trono → Logos → Absoluto
Se o Jiva, o Homem atual, começou a sua evolução no Reino Mineral no longínquo Manvantara saturnino até se tornar o que hoje é, então a sua meta presente é alcançar o estado de Barishad, de Anjo, o que equivale ao Andrógino Alado da futura Cadeia de Vénus, a da Exaltação da Divindade.
Antero de Quental, no seu poema Evolução, deixou muito bem e significativamente descrito o percurso da Mónada Humana pelos vários Reinos Naturais até ser o que hoje é, e aspirar a ter asas e voar como um Anjo no mar etéreo de uma nova Eternidade:
Mitra-Deva virá cercado de Assuras luminosos. E se refletirá nas três Regiões que se completam por serem o ninho onde dorme a Ave de Hamsa (tanto se refere aos três Mundos Universais, donde Maitri, Mitra, etc., como aos Mundos Inferiores: a Face da Terra, ou o nosso Templo, o Caijah e Shamballah ligada a Agharta). Os seus três Templos O receberão de portas abertas. No começo nem todos O reconhecerão (como agora mesmo, uns julgando que Ele nasceu há mais tempo, outros esperando que Ele nasça…). E depois, o seu Irmão Terreno tomará o Seu lugar, para que o Trono de Deus se firme na Terra.
E o AVATAR, que é sempre uma “criança” no começo, faz-se TRÊS EM SI MESMA, quando em forma “adulta”. Eis aí o valor do Grande Legislador ou SUPREMO ARQUITETO como PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO. Sim, em baixo possuem o mesmo feitio e função, em CORPO HUMANO, para que a MÓNADA, a TRÍADE SUPERIOR, a CONSCIÊNCIA UNIVERSAL seja permanente na Terra. – Henrique José de Souza, Carta-Revelação de 30.5.1950.
Sabemos que estamos no fim de uma civilização e que somos a geração de elite, a semente da nova civilização, etc. Sabemos, ainda, dos destinos imediatos do Mundo, e finalmente da nossa volta à Face da Terra com MAITREYA à frente… e portanto não devemos confundir-nos com os já perdidos, embora que seja nosso dever envidar todos os esforços para salvar o maior número possível dos que permanecem indecisos.
Honrando-nos, devemos também honrar aos nossos Irmãos, como Membros da mesma Família. Família Espiritual Juramidam e Família Espiritual Maitreya são uma só e a mesma coisa. O Grande Lar da Humanidade Futura. “Vinde prestes, ó Senhor Cristo (ou Maitreya), para que a Terra seja Bendita com a Vossa Presença”, é evocação bem nossa, como a é ADI-BUDHA VAHAM MAITREYA.
Sendo o Cristo Interno parcela monádica (Anupadaka) do Cristo Universal (Paranirvânico) como Segundo Aspecto do Logos Único que se triparte na Manifestação Universal em Três Aspectos ou Hipóstases, chamadas Brahma – Vishnu – Shiva ou Pai – Filho – Espírito Santo, dispostas nos Mundos Divino, Celeste ou Terreno ou das Causas, Leis e Efeitos, também chamados Celeste, Humano e Terreno, esses Três Aspectos Divinos do Logos Único e Impessoal (do nosso Sistema de Evolução Universal), são conceituados do modo seguinte:
1.º Logos – As Sete Energias ou Forças Criadoras da Natureza que irradiam da Essência Una.
2.º Logos – Os Sete Raios do Plano do Espírito, as Sete Purushas, o CRISTO CÓSMICO.
3.º Logos – Os Sete Centros no Plano da Matéria, as Sete Prakritis.
“Não há, com efeito, já o dissemos, Três Logos distintos mas Três Aspectos diferentes do Logos Único, coexistentes e coeternos, que exprimem as Sete Forças Criadoras da Natureza, vivificadoras do Espírito e da Matéria manifestados; os Sete Raios desse Espírito, isto é, os Sete estados de Consciência Cósmica manifestada; e os Sete Centros de Prakriti, que são as formas materiais de que se revestem essas Consciências no ato da Manifestação.” Sendo assim, ao nível do Plano do Segundo Logos tem-se nele a Semente ou Bijam dos Avataras que periodicamente se têm manifestado sobre a Terra, o Plano da Matéria ou o Terceiro Logos. Sendo o Avatara Um só como Essência Divina ao manifestar-se apresenta-se com Três Aspectos afins à natureza dos Três Logos ou Mundos, motivo porque o nome Maitreya significa “Senhor dos Três Mundos” desde logo dispondo-o na participação integral das naturezas do Pai Imanifesto e do Espírito Santo ou Mãe Manifesta, assim mesmo como Filho ou Cristo Universal, o Senhor do Segundo Trono portador do Livro ou as Leis e da Balança signatária das mesmas.
Segundo o Mestre JURAMIDAM o Senhor Maitreya na função de Supremo Instrutor da Humanidade e também da Hierarquia dos Anjos (Barishads), apresenta-Se de modo tríplice no Mundo manifestado, como seja:
Maitreya, o Buda Celeste – portador de 100% da Consciência de Brahma, o Pai;
Apavanadeva, o Buda Humano – portador de 75% da Consciência de Vishnu, o Filho;
Mitradeva, o Buda Terreno – portador de 50% da Consciência de Shiva, o Espírito Santo.
Esses Três Aspectos de Um só correspondem à Tríade Superior que perfaz a Mónada ou Essência Divina – Espírito, Intuição, Mental Superior (Atmã – Budhi – Manas). São os 3/7 dos 7/7 que individual e colectivamente ao Homem cabe realizar, já que 4/7 correspondentes à personalidade manifestada encontram-se formados (Mental Inferior, Emocional, Vital e Físico).
Os Quatro Aspectos manifestados à escala geral são assinalados por 4 Linhas de Adeptos, como sejam as Linhas Hilarião – Morya – Kuthumi – Serapis Bey.
É sabido que os sete estados de consciência humana são aqueles conhecidos como Espiritual, Intuicional, Mental Abstrato, Mental Concreto, Emocional, Vital e Físico, havendo ainda dois outros estados chamados de Divino e Monádico (Adi e Anupadaka) que se manifestam pelo Chakra Cardíaco Inferior de nome Vibhuti, enquanto os restantes estados reflectem-se através dos Centros bioenergéticos de Vida e Consciência chamados Chakras, significando “rodas” em sânscrito pelo movimento rotativo sobre si mesmos e paulatinamente expansivo nos que dilatam a sua consciência, ou então contrativo nos que retraem a mesma. Nisto se contém o sentido de evolução verdadeira tanto pessoal como coletiva. Adianto que os corpos de consciência não estão “engarrafados” uns nos outros mas interpenetrados, e à medida que a atenção se focaliza em estados cada vez mais sutis por interesse afim aos mesmos, mais a consciência se sutiliza e se aprofunda.
A figura acima induz o conceito de cada chakra estar sob a égide de um planeta e respectiva constelação, e de facto assim é, posto cada Planetário corresponder a um Luzeiro dos sete que assinalam os dias da semana e caracterizados por estados de Consciência Cósmica os quais repercutem nos afins estados de Consciência Humana, na escala de 1 a 7 Deuses do Empório tradicionalmente conhecidos como Mikhael, Gabriel, khamael, Rafael, Sakiel, Anael, Kassiel, cada um deles dirigindo determinada Hierarquia Criadora e todos rodeando o Trono Celeste da Suprema Divindade, o Logos Solar, o Nosso Grande Espírito.
O despertar do Cristo Interno como parcela do Cristo Universal é gerado pelo interesse e atenção intensos e permanentes no Plano Físico, com a consequente intensidade da vibração e transmissão como resposta do Plano Espiritual. De maneira sucinta a fim de dar uma ideia pálida de tão transcendente processo de Iluminação Crística, os princípios partícipes da mesma são:
De maneira que quem se une ao seu Cristo Interno ao Cristo Universal unido está, ao próprio Segundo Trono ou Logos em Sua natureza incondicional de Amor-Sabedoria (segundo raio). A Sabedoria do Pai e o Amor da Mãe manifestando no Filho a Omnipresença do Eterno. Motivo porque o Segundo Trono é igualmente o Andrógino Primordial tão bem refletido pelo signo de Taurus empático a Vênus afim ao mesmo, cuja natureza Feminina o caracteriza mas igualmente contendo em si a Masculina, como seja:
Tal como há Metástase Avatárica da Individualidade com a Personalidade, e vice-versa, ou seja a União do Homem a Deus (JHS) e de Deus ao Homem (HJS), o mesmo sucede no Segundo Trono onde os Três Logos se encontram como Plano Celeste Intermédio entre o Divino e o Terreno. Fica claro o sentido enigmático da frase inscrita num Livro Jina onde se lê: Akbel veio para a Terra montado no Touro alado Tur-Zim-Muni. Isto é, manifestou-se desde o Segundo Mundo sob a influência de Taurus/Vénus.
Ele foi o Primeiro a fazê-lo, e por isso mesmo é o BIJAM DOS AVATARAS que O seguiram muito depois, após a Tragédia Atlante e no decurso cíclica da História da Raça Ariana repleta de epopeias e tragédias, de caídas e levantares sucessivos do Gênero Humano, particularmente daqueles que têm acompanhado ao longo de vidas sucessivas ao mesmo AKBEL, o Sexto Luzeiro, sob nomes e corpos os mais diversos.
Pois sim, como não podia deixar de ser o Mestre Vivo que se ocultou no nome Henrique José de Souza também deixou uma série de práticas espirituais, para que os seus discípulos se unissem ao Cristo Interno e por Ele ao khristus Universal; fez mais ainda, nessa sua última encarnação (1883-1963) que valeu por toda uma Ronda (palavras suas): redimiu de todas as Tragédias passadas, consequentemente, do Karma contraído nelas, todos os seus discípulos ou a sua Corte em 23 Março de 1963, tendo às 24 horas desse dia despertado os Deuses do Panteão de Shamballah – o Sol Interno da Terra – e vibrado durante igual número de horas no Templo de Maitreya, na Face da Terra (em São Lourenço, Sul de Minas Gerais, Brasil), com impacto no ovo áurico de todos os Munindras ou discípulos, aonde quer que estivessem.
Assim se firmou o Novo Pramantha sobre a Terra – o chamado Novo Esplendor Celeste –e abriu-se um leque de possibilidades ao venturoso Advento do Cristo Universal sobre a Terra a partir da data padrão de 28 de Setembro de 2005, esta já de si marcando a alvorada do Ciclo de Aquarius.
Dos vários métodos de preparação e aperfeiçoamento interior que o Mestre JURAMIDAM promoveu e ensina aos seus discípulos verdadeiros,que não se atêm por dinheiro têm especial relevo dois de carácter individual e colectivo:
Método pessoal (Munindra) = Yoga Akbel
Método colectivo (Munindras) = Yoga Universal
A Yoga Universal - é a Yoga de União à Divindade Imanente e Transcendente, Individual e Universal, sendo a comunhão perfeito entre o Humano e o Divino como processo transcendente da transformação da consciência, com isso transformando nos Munindras as suas constituições física, psíquica e mental até alcançarem a Iluminação Espiritual. E isso o faz fazendo vibrar com maior intensidade as partes dinâmicas dos sete Tatvas ou Elementos subtis Natureza vindo a constituir no Presente o que será a natureza do futuro 6.º Sistema de Evolução Universal já projectado no porvir da 6.ª Raça-Mãe Bimânica e da sua “oitava maior”, a 6.ª Ronda da actual Cadeia Planetária. Assim o Futuro se faz Presente e se apresenta a solução da continuidade. " Mens sana in corpore sano"
A Yoga Universal produz milagres, em primeiro lugar de ordem espiritual, se Ela mesma serve de motivo para cada um pautar a vida com dignidade e inteligência. Sim, a Yoga Universal só modifica a vida daqueles que a praticam, quando se fazem iguais a Ela. Os membros da Obra, embora sendo constituídos de organização humana, vão sofrendo uma transformação progressiva no sentido do mais grosseiro para o mais subtil até se confundirem com os divinos Matra-Devas. É, em síntese, capaz de trazer a verdadeira Paz espiritual e material para todos os Makaras e Assuras (ciganos do espaço)
Os Matra-Devas são os Deuses do Segundo Trono em torno do Cristo Universal, tal qual os Manasaputras são os Deuses do Terceiro Trono no Panteão de Shamballah (EL DORADO). Mas já antes o Mestre havia advertido acerca do cuidado pessoal e colectivo em não misturar a Yoga da Obra com práticas estranhas à mesma, sobretudo práticas anímicas , cujos perigos dessa confusão podem redundar em graves prejuízos pessoais e coletivos ao médium e a todos.
Com efeito, na Yoga Universal expõe-se e realiza-se o esquema completo do Universo representado por 7 Linhas Humanas correspondentes a outros tantos Atributos de Deus, sendo 3 masculinas, 3 femininas e uma 4.ª andrógina ou mista, representando mas também reproduzindo e aumentando a força e movimento da Evolução avante do Esquema de Evolução em que tudo e todos estamos.
Como cada uma das 7 Linhas (sendo a 4.ª dupla) compõe-se de 7 “sementes” ou bijas, os 49 totais têm os seus fundamentos nas 7 vogais e nas 7 consoantes da Língua Sagrada Portuguesa, constituindo afinal o escrínio vatânico ou da Língua Assúrica da famosa “Fala dos Pássaros”, dos Anjos ou moradores naturais do Quinto Reino Espiritual, na Terra representado em Agharta, imediato ao Humano ou Terreno, e que é a chave mais preciosa da Cábala Fonética.
I É Ê Á Â O U – Sete vogais = Mundo Divino, Luzeiros (Ishvaras) ORIXAS PLANETÁRIOS
B D L M P T Z – Sete consoantes = Mundo Humano, Planetários (Kumaras) EXUS CÓSMICOS
O Agudo “I” (Isbil) está no Mundo Divino, na Terra representado pelo Pólo Norte; o Médio “Á” (Ásbal) está no Mundo Humano, representado pelo Equador; o Grave “U” (Usbul) está no Mundo Terreno, representado pelo Pólo Sul.
Representando o desenvolvimento dos chakras acompanhando a evolução da consciência nos Planos do Universo, circula permeio às sete Linhas um casal, ela descendo e ele subindo, representando os Gêmeos Espirituais.
Após a realização da Yoga Universal é recomendado silêncio absoluto, com o objectivo de fixar na aura de cada um dos Munindras os valores que acabam de construir. Por isso, o Mestre recomendava:
Juntar as duas mãos, comprimindo muscularmente a parte que fica junto ao pulso, é sinal de pedido, de súplica, mas também de ordem, de comando,as intenções ao mesmo tempo para compor o ritual.
"Ainda que Cristo nasça mil vezes em Belém,
Se não nasce dentro de ti, tua alma segue extraviada,
Olharás em vão a cruz do Gólgota,
Enquanto ela não se erguer dentro de ti mesmo."
A chamada Religião-Sabedoria de Maitreya vem a ser a mesmíssima Sabedoria Divina (Teosofia) que a implantar-se no Mundo será pela aproximação e união dos seus hemisférios geográficos oriental e ocidental, tudo numa só língua, num só pensamento entre tribos,com os seus valores espirituais. Mas Religião no sentido latino original de religare ou “tornar a ligar” (a Personalidade Humana à Individualidade Espiritual), equivalente ao significado de “união” ou yoga. E Sabedoria comportando Filosofia – Arte – Ciência, conhecendo-se cientificamente (Mental) o sentido da Devoção, e sentindo-se misticamente (Coração) o valor da Ciência, sempre manifestando-se juntas nunca uma recusando a outra. Aos poucos, com o desenrolar da evolução consciencial humana, a Religião-Sabedoria vai impondo-se no Mundo, sobretudo através das novas gerações dotadas de novos meios tecnológicos, de hábitos e comportamentos dispondo-as numa visão nova da espiritualidade jamais sonhada pelos antepassados. São os novos tempos desta Nova Era de Promissão por certo trazendo no bojo revelações e realizações nunca vistas e com as mesmas levando avante a marcha da Evolução Humana, fixando as condições propícias a que os deuses estejam novamente entre os homens com Maitreya reinando.
De maneira que a Religião-Sabedoria equivale à quintessência do Budismo e do Cristianismo, representados pelos seus dois expoentes máximos: Tsong-Kapa, o reformador do Budismo no século XIV que proibiu os cultos necromânticos de magia negra herdados da Tragédia Tibetana, ele atua como caboclo de Umbanda pra quem quer saber.
O Lugar do Vigilante Silencioso ou Senhor das Duas Faces… é o Segundo Trono, e por isso que “aquele que ultrapassa o Akasha, é quem possui a laranjeira da riqueza, a sabedoria, a luz que brilha mais do que ouro ao lado do amor.
A. P. Sinnett, na sua obra Budismo Esotérico (edição portuguesa de 1923), diz sobre Tsong-Kapa:
Tsong-ka-pa, o grande Adepto tibetano, o reformador do século quatorze. Preocupou-se exclusivamente dos negócios dos Adeptos que estavam então reunidos no Tibete. Desde tempos imemoriais houve no Tibete uma região secreta, onde os Adeptos se reuniam, e que ainda hoje é desconhecida àqueles que não são Iniciados e que de lá se não podem aproximar, como é desconhecida aos próprios habitantes. No tempo de Buddha esta região não era ainda escolhida pelos Adeptos como um ponto de reunião. Nos tempos antigos havia muito mais “Mathams” distribuídos por todo o mundo do que hoje. No século quatorze, de que estamos tratando agora, o progresso da civilização descobrindo o magnetismo deu origem a um movimento muito pronunciado em direção ao Tibete por parte dos ocultistas que até então se tinham conservado desassociados. O conhecimento do Ocultismo e o seu poder estavam muito mais espalhados do que era conveniente para o bem da Humanidade. Então Tsong-ka-pa entregou-se à tarefa de o organizar e de o sujeitar a um rígido sistema de disciplina.
"Senhor e Amigo! Salvador que ama o Mundo! Tu que venceste a cólera e o orgulho, os desejos, os temores e as dúvidas, tu que te deste a cada um e a todos, vem! O triste mundo te bendiz, a ti que és o Bem-Aventurado Salvador que apaziguará as suas dores. Vem, Glorioso e Venerado, ganha para nós a tua última Vitória, Rei e grande Conquistador! Ogum, Chegou a tua hora. Eis aí o dia que os séculos esperam."
Aho !